Ouvir uma segunda e terceira opinião cura-nos da estupidez
« (...) Na semana passada, a revista francesa L'Express revelava que o relatório médico de Nafissatou Diallo, a mulher que acusava Strauss-Kahn, dizia: "Causa dos ferimentos: violação". Ora, esta semana, o procurador de Nova Iorque que investigava o caso nem o levou a tribunal, por total falta de provas. Então não havia pelo menos a "prova" do relatório médico para se discutir em tribunal? Quem só leu L'Express deve ter ficado estupefacto. Mas a resposta deu-a a agência Reuters, que foi buscar um procurador americano para explicar o que são os relatórios médicos preliminares. E ele disse: "Se eu for de bicicleta, caio, e digo ao médico que fui agredido, ele escreve no relatório 'Causa: agressão'". Cabe, depois, à polícia e aos procuradores investigarem (nomeadamente confirmando com médicos se aquele tipo de ferimento pode ser de agressão ou de outra causa). Foi o que fez o procurador de Nova Iorque. Investigou e fez um relatório de quase 60 mil caracteres dos quais mais de 6 mil (tamanho de cinco crónicas minhas) foram dedicados às "provas médicas". Conclusão do procurador: nada de provas. A certeza do L'Express vinha-lhe de não saber do que estava a falar. Acontece tanto. » Ferreira Fernandes no DN |
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