O ardil dos velhacos
«A meu ver, Passos Coelho e Vítor Gaspar só tiveram um propósito — e não foi o melhor para o país, nem sequer o melhor para eles. Quiseram vingar-se! E, assim, desenharam um modo ardiloso (no sentido de velhaco) para contornar a célebre decisão do Tribunal Constitucional. Mantiveram os cortes de subsídios aos pensionistas e arranjaram um esquema para a função pública. Devolveram-lhe um subsídio, para depois o tirar com o aumento de sete pontos (64%) da contribuição para a Segurança Social. De modo a justificar a equidade, fizeram o mesmo aumento para os trabalhadores das empresas privadas. E desse modo tiveram folga para baixar a TSU das empresas 5,75 pontos e fazer a experiência da desvalorização fiscal, tão cara a parte da troika. E assim se mexeu de forma inábil e brutal em algo que não era controverso. Os pagantes são os do costume e os outros (os que vivem do capital e dos rendimentos) terão umas medidas "em forma de assim..." A avaliar pelo fisco, este é o mais socialista dos governos; a avaliar pela redistribuição, o mais injusto — até o salário mínimo desceu! (...) » Henrique Monteiro no Expresso
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