Actuam como se estivessem em estados ocupados no seguimento de uma qualquer guerra
«Uma das coisas mais surpreendentes e ao mesmo tempo mais dramáticas que se tem visto nas políticas económicas europeias dos últimos anos é a atitude que a generalidade dos governos têm tomado face aos cidadãos dos seus próprios países. Dá a ideia que, nas sua definição e acção, as políticas europeias não estão ao serviço dos países e, pelo contrário, actuam como se estivessem em estados ocupados no seguimento de uma qualquer guerra. Só assim é possível assistir a esta coisa verdadeiramente extraordinária que é as autoridades europeias e os próprios governos anunciarem que as políticas económicas vão no bom caminho só porque um ou outro indicador financeiro revela alguma - aliás, pouca - melhoria. Recessão e desemprego deixaram para estas autoridades e estes governos de terem relevância. Desta forma se compreende que, passados três anos da actual política da austeridade pela austeridade enunciada pela Srª Merkel e servilmente adoptada pelo Conselho e pela Comissão, a Europa tenha exigido sacrifícios brutais e não tenha avançado nem um milímetro na sua capacidade de progresso futuro. Bem pelo contrário, está a criar no seu seio desequilíbrios cada vez mais pronunciados que a poderão condenar a uma desagregação violenta. O que se está a passar nada tem a ver com o pedido legítimo de sacrifícios que, no passado, governos democráticos tiveram de pedir aos seus concidadãos. (...) » Ferreira do Amaral no Página 1
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