D. João II e o povoamento de Portugal
D. João II, o Principe Perfeito, é um caso único na história da monarquia portuguesa. Determinado e lúcido, como poucos, mas, sobretudo, férreo na decisão, foi o Homem da sua época e no caso aqui referido mostrou, uma vez mais, a sua visão de estadista...
SENTENÇA PROFERIDA NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO (1487) (Autos arquivados na Torre do Tombo, Lisboa, armário 5, maço 7)
"Padre Francisco Costa, prior de Trancoso, Portugal, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido:
Total: duzentos e setenta e cinco, sendo cento e quarenta e oito do sexo feminino e cento e vinte e sete do sexo masculino, tendo concebido em cinqüenta e quatro mulheres". "El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezessete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo". Pormenor curioso: A casa onde viveu o padre Francisco Costa é agora o restaurante típico "O MUSEU" junto à igreja matriz de Santa Maria de Guimarães. |
Etiquetas: Povoamento, Trancoso
2 Comments:
Passados cinco séculos poucos portugueses devem existir que não sejam descendentes de Francisco Costa...
O interior de Portugal está, de novo, a desertificar-se. A situação já é tão grave que é caso para dizer ao Francisco Costa "volta que estás perdoado"...
Enviar um comentário
<< Home