As fanfarronadas ocidentais
Luciano Amaral, no "Meia Hora" de hoje, diz algumas verdades sobre as quais todos devemos meditar. «Em Maio de 1939, o pacifista francês de direita Marcel Déat perguntava: “Morrer por Danzig?” De facto, quem, em França, estava disposto a combater por uma obscura disputa territorial entre a Alemanha e a Polónia? Quatro meses depois, Hitler entrava na Polónia e começava a II Guerra Mundial; um ano depois, entrava em França e subjugava-a em três semanas. Em Agosto de 2008, a Geórgia também aprendeu que os americanos e os europeus não estão dispostos a morrer por ela. De nada lhe serviu ter a maior potência militar do mundo como amiga nem candidatar-se à UE e à NATO. As grandes fanfarronadas ocidentais sobre a democracia mostraram o que são, meras fanfarronadas. O comportamento da UE, então, deveria ficar registado para sempre como caso de manual. Na hora da verdade, cada país regressou ao seu “egoísmo” nacional: os países fronteiros à Rússia (Polónia, República Checa, Repúblicas bálticas, Suécia e Finlândia) mais a Inglaterra exigiram firmeza; a França, a Alemanha e a Itália exigiram moderação; e o resto vogou na mais olímpica indiferença. Ou seja, de um dia para o outro, a Europa passou de ser a mais maravilhosa união política da humanidade para uma simples colecção de Estados incapazes de se entenderem sobre ameaças nas suas fronteiras (...)» |
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