A ser verdade…
Miguel Relvas telefonando no seu escritório «Podemos aceitar acordar cada dia mais pobres, mas não podemos nem devemos admitir a possibilidade de poder acordar um dia destes menos livres. Um ministro que tutela a Comunicação Social pode, como qualquer cidadão, processar jornais ou apresentar queixa à Entidade Reguladora, se se sente legitimamente caluniado ou perseguido. O que não pode é ligar para editores e directores a ameaçar com o silêncio dos seus pares e menos ainda com a revelação, pela net, de dados da vida privada de uma jornalista. Porque isso não é apenas um claro e ilegítimo abuso do poder. E não cheira apenas a má consciência do visado no caso das secretas. É bem mais do que isso. É usar métodos próprios da polícia secreta do antigo regime e lembrar a PIDE de má memória. A Censura que se prolongou por décadas nunca foi defendida por ninguém. Salazar chegou a dizer-se sua vitima, como Carmona, e mesmo Marcelo, já em plena Primavera do regime, mas incapaz de lhe por cobro, lá foi dizendo no mesmo coro que bem compreendia “a irritação” com o funcionamento da dita “porque não há nada que um homem considere de mais sagrado do que o seu pensamento e a expressão do seu pensamento”. Todos sabiam. Dispensam-se crises inventadas ou manobras de diversão, mas não há emergência nacional que justifique o manto de silêncio cúmplice com os erros. Esse seria o pior serviço prestado ao país pelos que não querem, como dizia Sophia, fazer parte do tempo dos “coniventes sem cadastro”. Sobre a acusação do Público à actuação do ministro Miguel Relvas, não precisamos ouvir de Passos Coelho profissões de fé nos méritos da liberdade de imprensa. Precisamos de o ouvir pronunciar, tão só e sem medo esta frase simples: Graça Franco no Página 1
Miguel Relvas aconselhando |
Etiquetas: Governo, Miguel Relvas, PSD
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