A Lei do Funil

Larga para alguns (poucos), estreita para todos os outros!

Aqui se fala, umas vezes a sério outras a brincar, de coisas que nos irritam, alegram, entristecem ou, muito simplesmente, nos enfadam.

2006-11-15

Ladrão pobre, pobre ladrão


Ladrão pobre, pobre ladrão...

Se eu assaltar um banco e roubar 1200 (mil e duzentos) euros terei a polícia à perna e estarei sujeita a penas pesadas. Mas se um banco, ou todos os bancos no seu conjunto, montarem um esquema "abusivo" (!) de exigirem que se lhes pague mais do que aquilo a que eles têm real direito nada de especial lhes acontece mesmo que se conclua, como se conclui agora, que com esse esquema "abusivo" transitaram irregularmente para os bolsos dos bancos nada mais nada menos do que 1.200.000.000 (1,2 mil milhões ) euros.

Já é do conhecimento comum que só é ladrão aquele que furta pequenas quantias. O que furta grandes quantias tem outros qualificativos muito mais apreciados socialmente...
DN: «A banca deverá ter cobrado um valor próximo dos 1,2 mil milhões de euros nos últimos dez anos, com a prática do arredondamento das taxas de juro do crédito à habitação a um oitavo e a um quarto de ponto percentual.
(...)
Este corresponde, grosso modo, ao montante que os bancos teriam de devolver aos consumidores, caso todos os clientes em causa decidissem avançar para os tribunais, procurando ser ressarcidos de uma prática considerada abusiva. (...)»



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