A melhor forma de lutar contra as superbactérias é... desarmá-las
Tradução livre de um texto encontrado em Popular Mechanics
Larga para alguns (poucos), estreita para todos os outros!
Aqui se fala, umas vezes a sério outras a brincar, de coisas que nos irritam, alegram, entristecem ou, muito simplesmente, nos enfadam.
Ao contrário do que pensa o primeiro-ministro, a lei eleitoral portuguesa aplica-se em território nacional mesmo que os seus infratores sejam estrangeiros.
«(...) Estou a escutar Passos Coelho no Parlamento a justificar o injustificável: a reunião do BCE, em Sintra, a começar no dia das eleições europeias. Ao contrário do que pensa o primeiro-ministro, a lei eleitoral portuguesa aplica-se em território nacional mesmo que os seus infratores sejam estrangeiros.Mas é também curioso que o BCE não tenha feito o mais simples: começar "oficialmente" a reunião no dia 26 de maio. Simbolicamente, a leitura é muito importante. O BCE, que é hoje o órgão de poder mais importante na Europa, é também um órgão completamente independente, cujo poder não emana, nem na origem nem no exercício, do escrutínio popular. Trata-se da figura mais próxima de um poder transcendente, cuja legitimidade tem uma genealogia quase divina (o que torna a "teologia do mercado" uma expressão rigorosa). O silêncio do BCE, violando a lei eleitoral portuguesa no dia em que é eleito o Parlamento Europeu, o único órgão da União Europeia em que ainda ressoa a crença na soberania popular, diz tudo sobre a arrogância e o sentimento de inimputabilidade de alguns burocratas, que se sentem acima da lei positiva e do próprio bom senso. Quem diz querer apagar fogos não os deveria atear.» |
Os que vão ser esmifrados te saúdam! E mais te agradecem por os teres ajudado a ver o túnel ao fim da luz, a compreender a sua imensa irrelevância perante o infinitamente misericordioso e omnipotente Estado! Atiraste-nos à cara com o ovo de Colombo: obrigatoriamente, os ordenados dos cidadãos portugueses serão depositados nos bancos em contas-poupança e, por cada levantamento que fizerem, terão de pagar um imposto ao Estado. Claro que já todos sabíamos que aquilo que recebemos em troca do nosso trabalho pertence ao Estado. E à banca, naturalmente. Mas só tu, ó Teodora, foste capaz de sugerir publicamente que o Estado continue a deixar-nos utilizar esse dinheiro que Lhe pertence. E só a troco de uma pequena remuneração, taxa ou imposto, suavemente cobrada de cada vez que tivermos um impulso despesista. Custa a acreditar em tanta generosidade. São verdadeiros arrepios de prazer que sentimos ao imaginar este futuro radioso que nos auguras. E estamos todos certos que esta tua ideia, que, modestamente, classificaste como interessante e que, com inteira justiça, consideramos como genial, vai ser lembrada pelos vindouros como o começo de uma era de felicidade e de paz entre os povos. Ave, ó Teodora, porque nos fizeste ver, a nós que andávamos absurdamente preocupados com o crescimento descontrolado do Estado e a sua sistemática invasão da nossa privacidade, que, afinal, nós é que nos estávamos a pôr em bicos dos pés, nós é que estávamos a ser arrogantes, cegos e mesmo, porque não dizê-lo, estúpidos. Nós que, por exemplo, ao lermos as notícias sobre a actuação da NSA e os programas de vigilância electrónica utilizados pelos EUA para espiarem a população norte-americana e de todo o mundo, pensámos que o Estado, na sua luta contra o terrorismo, estava francamente a exagerar, temos de reconhecer humildemente, agora e graças a ti, que quem estava a exagerar éramos nós. Nós, que seríamos capazes de censurar com veemência os tribunais egípcios por condenarem à morte 529 muçulmanos por terem participado em manifestações das quais resultou um polícia morto, compreendemos, agora e graças a ti, que estaríamos a errar e que, por cada polícia, por cada representante de um Estado que morre, o extermínio de mil cidadãos não é suficiente. Porque a Verdade, e só tu, ó Teodora, a revelaste, é esta: no princípio, era o Estado. E só depois, não ao sétimo dia mas ao fim do mês, o Estado segregou os cidadãos, um a um, para O servirem e para O glorificarem até ao fim dos tempos. Nós, que não somos mais do que míseros grãos de areia perante a imensidade do Estado, tivemos, até segunda-feira passada, a estultícia de considerarmos que as nossas vidas eram nossas e que o nosso dinheiro era nosso. Não são e não é. Como é meridianamente claro, tudo vem do Estado e tudo vai para o Estado! Nós – só agora o entendemos – mais não somos do que precários utilizadores dos bens do Estado. E isso conforta-nos, sendo mesmo um verdadeiro agasalho para os espíritos perturbados e iludidos que fomos até terça-feira passada. A nossa gratidão ao Estado por, segundo as tuas sábias palavras, só nos vir a cobrar uma parcela dessa imensa riqueza que nos cede mensalmente – mais a uns do que a outros, é certo –, é incomensurável, sem dúvida. Mas uma dúvida nos atravessa a mente e a tua ajuda pedimos, ó Teodora. Como fazer com aqueles a quem o Estado cedeu o dinheiro e se viram obrigados a colocá-lo em offshores? Como proceder com aqueles que guardam o dinheiro do Estado nos seus colchões e enxergas? Como proceder com aqueles que a sua vida é “chapa ganha, chapa gasta”? Ou, ainda, como assegurar que os arrumadores de carros ou os meros pedintes controlam as suas despesas quando utilizam o dinheiro – muito ou pouco, tanto faz – que ao Estado pertence? E será que os 25% dos cidadãos portugueses que, segundo as estatísticas, estão em risco de pobreza serão sensíveis à necessidade de combater o despesismo? Estas dúvidas, que rapidamente se podem tornar em angústias e mesmo em crises de fé, exigem respostas urgentes. Tenho, contudo, a certeza que, se não tu, ó Teodora, qualquer outro dos sacerdotes que decerto te acompanham, sejam eles ex-ministros das Finanças, jornalistas económicos ou governantes encartados, no dará as respostas certas e exactas que nos farão descansar de novo. Porque, agora que já vimos o túnel, não mais queremos ser abandonados num mundo de incertezas e de interrogações. Na verdade, desde terça-feira passada, tudo se tornou tão claro e luminoso que se nos torna insuportável a sombra sequer da dúvida. Porque, agora sim, percebemos que, quando o Estado gasta em submarinos ou em estádios de futebol, mais não está do que a gastar o que é Seu. Mais não está do que a fazer o que Lhe cabe. E a nós, o que nos cabe é pagar, devolver-Lhe o que Lhe pertence, para que possa viver em paz e sem défices. Obrigado, ó Teodora! |
Ao que consta, esta estória passou-se no Algarve, num daqueles aldeamentos de luxo onde vivem lado a lado pessoas de diferentes nacionalidades e que comunicam entre si recorrendo ao inglês. Passemos então aos factos. Um dia, tarde e a más horas, um português ciumento estava sentado em frente do seu computador a navegar na internet quando recebeu um e-mail do seu vizinho da casa ao lado que rezava assim:
"Sorry sir, I am using your wife...
I am using day and night... I am using when you are not present at home... In fact I am using more than You are using... I confess this because now I feel very much guilt. Hope You will accept my sincere apologies." Está-se mesmo a ver o que aconteceu. O marido ciumento ficou furioso, correu pela casa fora, foi encontrar a esposa pecaminosa a dormir sossegadamente no local do crime (a cama do casal), agarrou na pistola que tinha guardada na mesa de cabeceira para se defender dos ladrões e... deu um tiro mortal na esposa! Desesperado com as consequências do seu acto tresloucado, virou a pistola contra si e... matou-se! A polícia judiciária quando analisava as provas encontradas no local do crime deparou-se com a seguinte mensagem, que chegara alguns minutos depois da anterior, no computador do suicida (assassino): "Sorry sir, spelling mistake ... wifi not wife." |
Um grupo de senhoras casadas reuniu-se num seminário sobre "Como melhorar a sua vida conjugal". Num primeiro momento foram questionadas: "Quais de vós ainda amam os vossos maridos?" Todas levantaram a mão! De seguida foram inquiridas sobre qual a última vez que haviam dito ao marido que o amavam. Algumas responderam "Hoje", outras "Ontem". A maioria já não se recordava de quando tinha dito tal. Por fim, foi-lhes sugerido que cada uma enviasse uma SMS ao marido dizendo "Querido, amo-te muito!" pois, como se haveria de ver, tal iria contribuir decisivamente para "melhorar a sua vida conjugal". Todas enviaram a SMS. Seguiu-se um pequeno intervalo para café. No reínicio do seminário a monitora pediu às senhoras que entretanto tivessem recebido resposta do marido que as partilhassem com o resto do grupo. Eis algumas das respostas mais interessantes: - Mãe dos meus filhos! Tu estás bem?? - Que foi? Bateste com o carro outra vez? - Que fizeste agora? Desta vez não te perdoo! - Que queres dizer? - Não andes com rodeios, diz-me só de quanto precisas. - Estarei a sonhar? - Se não me dizes para quem era esta SMS, juro que te mato! E a melhor de todas: - Quem és? |
Em 1928 o empregado de comércio Fernando Pessoa, solteiro, de olhos castanhos, com estatura razoável (1,73 m de altura), sem cicatrizes, tirou o seu Bilhete de Identidade.
Aqui o vemos. Na altura o Estado Novo já dava os primeiros passos e a necessidade de identificar os cidadãos de forma mais sistemática já se fazia sentir. Quem podia dizer o que este indivíduo que circulava pela baixa de Lisboa podia escrever? Poesia, se calhar... |