A Lei do Funil

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Aqui se fala, umas vezes a sério outras a brincar, de coisas que nos irritam, alegram, entristecem ou, muito simplesmente, nos enfadam.

2018-10-22

A melhor forma de lutar contra as superbactérias é... desarmá-las


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«Os médicos têm vindo a usar antibióticos para matar bactérias hostis e acabar com as infeções que elas provocam desde a invenção da penicilina mas, nas últimas décadas, surgiram estirpes de bactérias resistentes a todos os antibióticos usados ​​pela medicina. Essas "superbactérias" representam uma ameaça séria para os pacientes e para o público em geral porque não se dispõe de nada que possa realmente combatê-las.
Investigadores da Case Western Reserve University podem ter encontrado uma solução para esse problema. Os investigadores desenvolveram um método para curar a sépsia ─ pelo menos em cobaias ─ que não envolve antibióticos, recorrendo a pequenas moléculas denominadas F12 e F19 para impedir que as bactérias hostis causem qualquer dano.
Os antibióticos típicos funcionam rompendo as paredes celulares das bactérias, o que faz com que essas bactérias colapsem e morram. As moléculas F12 e F19 que os investigadores descobriram funcionam de forma um pouco diferente. Em vez de matar as bactérias, essas moléculas ligam-se a uma das proteínas da bactéria que desempenha um papel importante na produção de toxinas, tornando-a inútil. Sem essa proteína, as bactérias são inofensivas.
Nos testes de laboratório, os investigadores verificaram que 70% dos ratos infetados não tratados morreram, e que 100% dos ratos tratados com F12 ou F19 sobreviveram. Além disso, descobriram também que a adição dessas duas moléculas aos antibióticos regulares os tornam mais eficazes, o que aponta para o eventual tratamento das infeções graves com uma combinação de F12 ou F19 em conjunto com um antibiótico de baixa intensidade.
Mas a maior vantagem do F12 e do F19 é que estas moléculas não matam nem prejudicam as bactérias com as quais interagem. As bactérias afetadas por essas duas moléculas podem continuar a viver, deixam simplesmente de produzir as toxinas que nos põem doentes. Isso significa que não haverá incentivo evolutivo para as bactérias hostis desenvolverem resistências a F12 e a F19, o que aponta para que estas moléculas se manterão eficazes muito mais tempo do que qualquer antibiótico.
Ainda levará muito tempo para a F12 e a F19 serem usadas em humanos, mas a pesquisa inicial tem alguns resultados promissores.
Fonte: Universidade Case Western Reserve »

 Tradução livre de um texto  encontrado em  Popular Mechanics



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